Com o golpe jurídico-parlamentar e midiático contra o governo da presidenta Dilma interrompeu-se a dinâmica da relação do governo federal com os estados nordestinos.
A busca incessante de alternativas para o Nordeste não virar um “cemitério de obras paradas” unificou os estados e foi criado o Fórum dos governadores do Nordeste, que teve a iniciativa e a coordenação do então governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. A experiência evoluiu para a criação do Consórcio Nordeste, dirigido inicialmente pelo governador da Bahia, Rui Costa. As duas experiências exitosas seguiram tendo na liderança o governador do Piauí, Wellington Dias, um inspirador e eficaz articulador.
Com o agravamento da crise sanitária, social e econômica e o avanço da fome e da miséria, o Consórcio Nordeste, por meio da Câmara Temática da Agricultura Familiar, e a importante contribuição da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e de uma rede de ONGs e fóruns de universidades e sociedade civil, estão desenvolvendo iniciativas importantes para o enfrentamento da grave crise que impacta a região.
Portanto, o que apresentamos é o resultado de cerca de duas dezenas de seminários com governadores, parlamentares, secretários de estado, dirigentes de empresas e autarquias, lideranças sindicais e comunitárias, coordenadores de ONGs, pesquisadores, gestores públicos de todos os estados do Nordeste.
Desejamos que este documento seja visto não apenas como uma contribuição para o debate de Política Regional no contexto do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, mas sim uma Agenda do Desenvolvimento que vem sendo testada e aponta novos caminhos e rumos, além de conceitos inovadores sobre o avanço democrático das instituições e da sociedade brasileira, em que depositamos nossas energias e esperanças na volta do presidente Lula à direção dos destinos coletivos do nosso povo brasileiro.