Ronnie Lessa sente falta de contato com a família, diz defesa. De acordo com o advogado, esse é o principal argumento para o pedido de transferência para a P2.
Na P1, Lessa tem contato com a família via interfone por trás de um vidro. Segundo Carvalho, o preso “sente falta de um abraço da família”.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que a P1 tem “plenas condições de manter o referido preso seguro”. Em nota, SAP concluiu: “desde seu ingresso, foi reforçada a segurança da penitenciária, de forma a garantir totalmente a integridade física do corpo de funcionários, dos demais presos e do próprio custodiado”.
Então, quando ele vai para Tremembé, ele foi alocado, pois a SAP entendeu que ali adequaria as condições de segurança. Estive lá e verifiquei que a situação dele lá é totalmente diferente. Pois foi ultrapassado o período de observação de 20 dias, e a partir daí o preso comum é colocado em convivência com outros presos. Consegue fazer cursos. Ter uma vida comum. O que não acontece na P1.
Saulo Carvalho, advogado Ronnie Lessa
Ressocialização
O preso quer fazer cursos e realizar trabalhos, segundo a corpo de defesa. “Ele lê, tem banho de sol. Mas ele fica impedido do direito de fazer um curso, de trabalhar. Isso depende do convívio com outros presos. Esses cursos eram possíveis na penitenciária de Campo Grande. Está mais rígido que antes”, conclui.