O Piauí volta a se destacar no que diz respeito à educação, ficando em segundo lugar no Nordeste em apontamento feito pelo G1 Educação, na última quarta-feira (22/11). A avaliação é referente a 2015 e destaca que 11% das escolas piauienses atingiram a meta nacional de qualidade estipulada pelo Ministério da Educação (MEC), correspondendo ao nível 6 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Apesar de 11% das escolas ser um valor baixo, o Piauí só perde para o Ceará no que diz respeito à classificação nordestina. O estado vizinho tem 33% das instituições de ensino que atingiram a meta estipulada pelo MEC, sendo o melhor do Norte e Nordeste. Todos os outros estados nordestinos têm apenas 4% ou menos das escolas com índice considerado bom pela avaliação do Ideb.
Em nível nacional, os melhores colocados são os estados de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná. Já os piores índices são encontrados no Amapá, Sergipe, Pará e Maranhão. As regiões Norte e Nordeste aparecem com a realidade mais complicada e, na contramão, o Piauí e o Ceará são as federações que se aproximam das demais regiões. O levantamento leva em conta o cumprimento de metas nos anos iniciais do ensino fundamental.
O IDEB
O Ideb foi criado em 2005, depois que a Prova Brasil passou a ser censitária para o ensino fundamental, ou seja, aplicada em todas as escolas do país. Entre 2005 e 2015, o número de escolas que já conseguiram atingir esse patamar mínimo de qualidade cresceu 66 vezes.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica a Prova Brasil e calcula o Ideb, definiu a meta do Ideb estimando que o desempenho 6 (entre 0 e 10) corresponde ao desempenho médio dos estudantes do 5º ano do fundamental da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na edição 2003 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
PATAMAR MEDIANO
Cada escola tem sua própria meta individual, calculada na primeira edição do Ideb, em 2005. Por isso, algumas têm que atingir, até 2021, metas abaixo do nível 6, enquanto outras têm metas bem mais altas – mas, para o Brasil chegar à meta 6, cada escola precisa atingir sua meta própria.
Porém, como o indicador foi estabelecido usando parâmetros para comparar a qualidade do ensino do Brasil com o de países desenvolvidos, e o nível 6 indica o aprendizado médio desses países, o estudo buscou analisar as escolas dos anos iniciais do fundamental de acordo com esse patamar mínimo de qualidade.