A Paraíba terá de qualificar cerca de 147 mil trabalhadores entre 2025 e 2027 para atender às demandas da indústria, conforme o Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Dos 147 mil trabalhadores, 25 mil serão novos profissionais, enquanto 122 mil já estão no mercado e precisarão de requalificação para atualizar suas competências.
As áreas com maior demanda incluem Logística, Construção, Manutenção e Metalmecânica, essenciais para o crescimento industrial do estado. A Logística lidera com a necessidade de 28 mil novos profissionais, seguida pela Construção (24 mil).
Para atender à demanda da indústria da Paraíba nos próximos três anos, será necessário qualificar 147 mil profissionais entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial. O número contempla a necessidade de formação de 25 mil novos profissionais e de requalificação de 122 mil que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho. O levantamento é elaborado pelo ONI da CNI e serve como ferramenta de inteligência para subsidiar o planejamento de oferta do SENAI.
::Acesse os dados do Mapa do Trabalho Industrial na íntegra.
“Na Paraíba, estamos investindo na modernização das nossas unidades, aprimorando o ensino com metodologias inovadoras e abrindo novos horizontes por meio da IA e da robótica. A qualificação da mão de obra no setor industrial exige que estejamos sempre pensando em novas possibilidades! Isso será possível com a ampliação da oferta de cursos de qualificação e aperfeiçoamento nas áreas mais fortes da nossa indústria paraibana”, explicou o presidente da FIEPB, Cassiano Pereira.
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, as projeções para a Paraíba mostram que 122 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem suas competências nas funções que já desempenham, também requisitadas por outros setores no Brasil.
A atualização envolve o desenvolvimento de competências técnicas (hard skills), como domínio de máquinas, equipamentos e softwares; comportamentais (soft skills), como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação; e de segurança no trabalho, com foco na inspeção de instalações, normas e regulamentos, garantindo que os trabalhadores tenham as habilidades necessárias para desempenharem suas funções de forma eficaz e segura.
Logística e Construção lideram demanda por profissionais
De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, entre 2025 e 2027, as áreas com maior demanda por profissionais serão:
– Logística e Transporte (28 mil): oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de carga, almoxarifes e armazenistas, entre outros;
– Construção (24 mil): profissionais para operar máquinas de terraplanagem, ajudantes de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros;
– Operação industrial (11 mil): alimentadores de linhas de produção, embalagem, etiquetagem, trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias;
– Manutenção e Reparação (9 mil): mecânicos de manutenção de veículos automotores, trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos), eletricistas de manutenção eletroeletrônica;
– Metalmecânica (7 mil): montadores de veículos automotores (linha de montagem), soldadores, trabalhadores da pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos.
Metodologia do MTI 2025-2027
Para este Mapa do Trabalho Industrial, o Observatório dividiu o levantamento de dados por etapas:
1. Projeção do emprego formal até 2027: estima-se o nível de emprego formal por área de atuação profissional e setor, utilizando modelos de séries temporais.
2. Delimitação do emprego na indústria e em ocupações correlatas em outros setores da economia: inclui-se a indústria extrativa, de transformação, construção, energia e saneamento, além de ocupações correlatas em setores como agropecuária, serviços e administração pública.
3. Estimativa da demanda por formação industrial: com base na estrutura do emprego formal projetado e na necessidade de formação de profissionais, estima-se a demanda por qualificação na área industrial e correlatas.
– Formação inicial:considera o volume de novas vagas geradas e a reposição de trabalhadores que deixam o mercado formal, utilizando dados da RAIS/MTE.
– Treinamento e desenvolvimento: estima a necessidade de atualização e formação complementar para profissionais já empregados, com base em pesquisas com empresários da indústria.
O SESI (Serviço Social da Indústria) e o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) são instituições de educação e apoio social aos trabalhadores vinculados à indústria. Junto às Federações industriais e ao IEL (Instituto Euvaldo Lodi), compõem o Sistema Indústria, administrado pela CNI.
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Edição: Cida Alves