A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira 1º, a segunda fase da Operação Cianose, que visa recuperar supostos valores desviados na aquisição de respiradores pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, conhecido como Consórcio Nordeste, durante a pandemia de covid-19.
Policiais federais cumprem 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal da Bahia, nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
As investigações apontam para possíveis crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa.
Em fase anterior da mesma operação, em abril de 2022, um dos alvos de busca e apreensão foi o ex-secretário da Casa Civil do governo da Bahia Bruno Dauster, que atuou no negócio.
O caso tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque o ministro da Casa Civil, Rui Costa, presidente do consórcio e governador da Bahia à época dos fatos, é investigado por ter autorizado a aquisição dos aparelhos, que, segundo a PF, nunca foram entregues.
Dauster tinha aval de Costa para dar prosseguimento ao negócio. O hoje ministro negou irregularidades na sua atuação.
Em contato com CartaCapital, a assessoria de Rui Costa informou que o ministro não é alvo desta fase da operação.