O Norte é responsável por 13% dos 500 municípios que mais avançaram; o Centro-Oeste, 7%. No entanto, há estados nessas regiões que se destacaram como Mato Grosso, que saiu de “atenção” para “otimizado”. A primeira classificação se refere aos casos em que houve pouco crescimento de 2019 para 2023 ou até mesmo recuaram na comparação com o período pré-pandemia.
O Sudeste reúne apenas 3% dos 500 municípios que mais avançaram e o Sul, 10%. Os estados de São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, tiveram variação de -2,5% e -2,6% em relação a 2019.
Apesar disso, as regiões Sul e Sudeste concentram 3 em cada 4 municípios com os maiores valores numéricos de Ioeb 2023. “Indicando que nessas duas regiões está concentrada a grande maioria dos municípios que oferecem melhores oportunidades educacionais a suas crianças, adolescentes e jovens”, diz a Roda Educativa.
O Ioeb nacional cresceu de 4,85 em 2019, para 5 em 2021 e 5,1 em 2023. A organização afirma, entretanto, que a variação positiva caiu na comparação do quadriênio 2019-23 (4,3%) com o quadriênio 2017-21 (8,9%).
A proposta do Ioeb é olhar para além da nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) — que foca nas notas dos estudantes. Além do Ideb, o indicador usa em seu cálculo as informações do Censo Escolar e outros dados, como de formação dos professores. Os Ioeb 2023 foi divulgado ao UOL com exclusividade.
Quando você tem índices altos é mais difícil avançar [no caso de São Paulo], entretanto o Nordeste tem um avanço contínuo e evidente que mostra que a política pública é estruturada.
Tereza Perez, diretora executiva da Roda Educativa