Tradição e pluralidade. É assim que se define o Festival MADA – Música Alimento da Alma, que celebra 26 anos de existência em 2024, abarcando uma programação já reconhecida por reunir diferentes ritmos em um palco consolidado. O evento está marcado para os dias 18 e 19 de outubro na Arena das Dunas, em Natal.
Em um cenário de fortalecimento dos festivais de música no Brasil e no resto do mundo, o MADA deixa sua marca por exaltar nomes da arte local e promover um encontro com artistas da cena nacional. No ano passado, por exemplo, a banda de origem potiguar Luísa e os Alquimistas tocou na mesma noite de Marina Sena e Liniker.
Festival MADA – Música Alimento da Alma celebra 26 anos de existência, abarcando uma programação diversifi cada – foto: Luana Tayze
Jomardo Jomas, idealizador do festival, disse ao AGORA RN que o MADA tem o papel de projetar artistas locais desde o início, mesmo quando não havia ainda a difusão da internet e redes sociais. “Hoje, os festivais continuam sendo grandes palcos para esses trabalhos, mas a cena potiguar atualmente é nacional, com muitos nomes reconhecidos. O festival reforça essa importância do Rio Grande do Norte no cenário brasileiro, entregando um evento à altura dessa nossa cena”, pontuou.
O curador Pedro Barreira reforça a ideia de que o MADA é uma plataforma. “Uma cidade contar com um festival desse porte é muito reflexo de uma cena muito interessante e que tem lançado nomes fortes na cena, como Luísa e os Alquimistas, que esteve como headliner do festival por dois anos, e Gracinha, que chamou atenção da mídia com disco lançado esse ano”, frisou ele.
Jomardo e Pedro falaram ainda sobre o protagonismo do festival e expectativas para o futuro do MADA. Confira a entrevista completa:
AGORA RN – Como você vê a transformação do MADA desde sua primeira edição até os dias de hoje, em termos de público, estrutura e relevância no cenário musical nacional?
Jomardo Jomas – Foram muitas mudanças e elas ainda continuam, porque fazem parte do processo de crescimento e atualização. Quando começamos, ainda estávamos na era analógica sem internet ou redes sociais e hoje temos a IA começando a dominar tudo. Então, sem dúvida, as mudanças foram muitas, mas estamos bem colocados dentro deste cenário. Crescemos e conseguimos sempre nos atualizar e atrair atenção de públicos variados e com muita renovação nesse quesito, mas, para isso, tivemos que montar e se cercar de um time de muitas pessoas jovens que escutam e percebem os novos cenários. Isso refletiu diretamente nessa relevância do festival mesmo depois de 26 anos.
AGORA RN – Quais são os principais critérios na seleção das bandas e artistas?
Pedro Barreira – O festival tem como proposta ser um grande encontro de estilos e público que compõe a nova música brasileira. Temos uma diversidade enorme e, nos últimos anos, a gente procurou dialogar mais com o público através da forte interação que temos nas redes sociais. Fãs ou haters, mesmo que às vezes seja difícil diferenciar, sempre contribuem com nomes incríveis e que tem muito a ver com festival e também nos atualizam do que está acontecendo.
AGORA RN – Quais foram os principais desafios que o festival enfrentou ao longo dos anos?
Jomardo Jomas – Sempre é uma luta para entregar cada edição, até porque estamos no Nordeste, uma região em que muitos ainda não enxergam o potencial dos seus festivais de música, mas somos resistentes e acreditamos que vamos mudar esse cenário em algum momento.
AGORA RN – Com a crescente popularidade dos festivais de música no Brasil, como o Rock in Rio, como você enxerga o futuro do MADA?
Jomardo Jomas – Enxergo como um trabalho contínuo que estamos fazendo, além das nossas fronteiras, para consolidarmos o festival ainda mais a cada ano.
Pedro Barreira – É preciso entender que são cenários completamente diferentes dos festivais do Sudeste. Esse ano muito festival precisou adiar ou cancelar por falta de engajamento do público e das marcas. O festival tem um desafio enorme para os próximos anos, então acredito que o festival tende a trazer novidades que o público não está esperando, como foi o Baile da aMada, como um palco no ano passado, e que, agora, faz parte da programação fixa para fazer a maior pista de baile do Nordeste.
Programação do MADA
18 de outubro (sexta-feira)
- Pitty
- Xande Canta Caetano
- Ana Frango Elétrico
- Gracinha
- Duda Beat
- BK’
- Mago de Tarso
- Badsista
- Ramemes
- Miss Tacacá
19 de outubro (sábado)
- Ebony
- FBC
- Djonga
- Fresno
- BaianaSystem
- Duquesa
- Cami Santiz
- Omoloko
- DJ Geni
- Taj Ma House
*Ingressos à venda na internet (@festivalmada)ou na loja Sem Etiqueta (Natal Shopping)