Sergipe sedia etapa Nordeste da oficina de monitoramento e avaliação de políticas de educação ambiental
Durante dois dias, a Oficina de Projeto MonitoraEA construirá a base dos indicadores da educação ambiental no enfrentamento às mudanças climáticas
Sergipe sedia até o dia 22 de agosto a etapa Nordeste da Oficina de Formação e Elaboração Participativa de Indicadores no âmbito do Projeto MonitoraEA-Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental (Cieas). O encontro ocorre na Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju, e reúne técnicos do meio ambiente dos estados nordestinos e de instituições ambientais e de pesquisa do país, com o objetivo de subsidiar a construção dos indicadores de monitoramento e avaliação em risco climático, com foco na educação ambiental e capacidade adaptativa e gestão dos Cieas.
O vice-governador e secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, participou da abertura do evento e definiu a oficina como muito importante, já que é a partir dela que se construirão indicadores capazes de avançar na educação ambiental como enfrentamento às mudanças climáticas. Ele lembrou que na condição de gestor da Educação é importante analisar de forma efetiva a integração do meio ambiente à base curricular. “É uma oficina importante, sediada em Sergipe, com órgãos que estão relacionados ao Ministério do Meio Ambiente e suas subsidiárias, a exemplo do Ibama, e com especialistas capazes de construir indicadores para que a gente possa avançar na educação ambiental. As mudanças climáticas já são uma realidade e teremos que saber nos adaptar”, avaliou.
A coordenadora de Cieas de Sergipe, Izabelle Blengini, lembrou que a oficina é uma das etapas do processo de construção dos indicadores que culminarão em resultados preliminares e finais em seminário nacional, a ser realizado em 2025. “É a primeira vez que a gente recebe todo o Nordeste e a grande questão da educação ambiental é como podemos avaliá-la. A oficina será para discutirmos e criarmos justamente esses indicadores”, disse.
Mudanças climáticas
A oficina é uma iniciativa do Laboratório de Análises e Desenvolvimento de Indicadores para a Sustentabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Ladis/INPE), da Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (Anppea) e do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) dos Ministérios da Educação (MEC) e Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). As oficinas já foram realizadas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.
O coordenador do Ladis/INPE, Evandro Branco, destacou que, além de construir um panorama da Cieas no Brasil, a oficina tem como outro trilho avaliar a contribuição das iniciativas de educação ambiental no enfrentamento das mudanças do clima. “É um tema candente, urgente, e esse conjunto de avaliação não existe. Estamos desenvolvendo as oficinas em todas as regiões do país. Temos mais outras duas e, ao fim, vamos para o processo de validação dos indicadores, que serão operacionalizados via plataforma nacional”, detalhou.
Quanto aos efeitos das mudanças climáticas, o coordenador Evandro Branco disse que é um tema que não se consegue mais escapar e desviar. “A maioria das estratégias de enfrentamento da mudança do clima são pensadas em termos nacionais, na escala federal, e estamos tentando fazer com que esse projeto faça uma leitura territorial e que as bases possam promover alternativas de enfrentamentos numa perspectiva complementar”, afirmou. O cooordenador lembrou ainda que o trabalho deve acontecer em amplas as frentes, ou seja, por meio da educação ambiental formal nas escolas, considerada por ele como essencial, mas também na educação ambiental informal, que tem bases nos coletivos e estratégias de educação popular.