O presidente da Câmara dos EUA, o trumpista Mike Johnson, que conspirou contra o resultado das eleições em 2020, já lembrava ontem, ainda que de modo oblíquo, que os órgãos federais encarregados da segurança de candidatos e de ex-presidentes estão sob o comando do governo democrata, o que serve para alimentar os delírios nas redes sociais, que tentam atribuir a Joe Biden a responsabilidade pelo ataque.
Um palhaço como Javier Milei, presidente da Argentina, com ambições de ser um bufão internacional, escreveu o seguinte no X:
“Todo o meu apoio e solidariedade ao presidente e candidato Donald Trump, vítima de uma tentativa COVARDE de assassinato, que colocou em risco a sua vida e a de centenas de pessoas. Não surpreende o desespero da esquerda internacional, que hoje vê morrer sua ideologia nociva, e está disposta a desestabilizar as democracias e a promover a violência para se manter no poder. Com medo de perder nas urnas, recorrem ao terrorismo para impor a sua agenda retrógrada e autoritária. Espero a rápida recuperação do presidente Trump e que as eleições nos Estados Unidos sejam realizadas de forma justa, pacífica e democrática.”
Ele já investigou, identificou os responsáveis e pediu a cabeça dos “esquerdistas de sempre”.
Ainda que de modo um pouco mais moderado, a nota oficial do governo também apela ao proselitismo ideológico:
“A bala que passou perto de sua cabeça não é apenas um ataque à democracia, mas também a todos os que defendemos e habitamos um mundo livre.”
Por alguma razão, o presidente da Argentina vê o Ocidente sob ameaça:
“A República da Argentina reafirma seu compromisso inquebrantável com a defesa da liberdade, da democracia e dos valores do Ocidente e faz um chamado à comunidade internacional para que condene energicamente este atentado e se uma na luta contra os inimigos da liberdade”.
Não fosse Milei convocar, e o mundo se calaria.