Como foram os momentos antes e depois do atropelamento que matou fisioterapeuta no Rio de Janeiro
O casal Fabio, 42, e Bruna, 38, disse sim um para o outro no último dia 13, um sábado, em um sítio da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em um cenário bucólico, o casal apaixonado se declarou em meio a amigos. Depois da festa, os dois iniciaram a lua de mel de 30 dias, que tinha como destinos Emirados Árabes e Japão, passando a noite de núpcias em um hotel na frente da praia do Recreio dos Bandeirantes.
O primeiro passeio como casados, no entanto, abreviou a história de amor dos dois – e a vida de Fábio.
Os dois saíram do hotel às 23h37, alegres e de mãos dadas. Até que Fábio é atropelado por um carro esportivo conversível. O corpo dele é jogado para o alto, bate novamente no veículo e cai no chão. O motorista reduziu a velocidade, entrou em um recuo, mas em seguida deixou o local sem prestar socorro.
O desespero tomou conta das pessoas que estavam no local. Motoristas que passavam na hora, funcionários de quiosques locais, moradores de prédios vizinhos e hóspedes do mesmo hotel correram para tentar ajudar. E Bruna, em choque, gritava por ajuda.
Um socorrista de São Paulo estava no mesmo hotel, em férias com a família. Ele desceu rápido para prestar os primeiros socorros.
“Ele estava de bruços, não se mexia não se movimentava. Fui verificar se tinha pulso. Não tinha pulso”, contou Ernesto, homem que o socorreu.
Segundo Ernesto, até a chegada do resgate, Bruna pedia para que salvassem o marido dela. Mas quando ouviu a constatação da morte de Fabio, ela entrou em desespero.
O motorista, Vitor Vieira Belarmino, estava no carro que atropelou Fabio, com mais cinco mulheres. Ele vinha de uma festa na casa de uma delas. E depois do acidente, ele deixou as amigas mais à frente e foi para casa. Uma das amigas contou que Vitor “estava um pouco rápido na condução do veículo”, mas não soube precisar qual a velocidade.
A polícia ainda investiga se Vitor havia ingerido bebida alcoólica, e se dirigia em alta velocidade.
A defesa de Vitor, que teve a prisão preventiva decretada e está foragido, diz que as imagens mostrariam um motociclista desequilibrando Fábio. E afirmou que a decisão de se apresentar à polícia é dele.
O homem que conduzia a moto foi ouvido como testemunha. Depois, foi novamente chamado e negou que tivesse tido qualquer contato entre ele e o motociclista.
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