Boletim de urna eletrônica – Foto: TRE-SP
Por Saulo Péricles Brocos Pires Ferreira – Meus caros leitores. Terminadas as apurações das eleições municipais desse ano, podemos fazer uma análise de um modo muito superficial do que realmente aconteceu no nosso Estado. Primeiro o Governador conseguiu uma vitória significativa em várias cidades, tanto por seu trabalho como um todo na Paraíba, bem como que cada cidade tem sua situação peculiar com suas lideranças paroquiais dando o tom das disputas. Mas sinaliza o próximo pleito para “os cargos maiores”.
Vamos para minha terra. Como sempre: Ganhou quem fez a maior e melhor coligação: já era esperado há muito tempo. Corrinha Delfino que conseguiu unir o grupo de Zé Aldemir e de Júnior Araújo (leia-se Carlos Antônio) conseguiu com uma certa folga vencer o candidato de Chico Mendes e do Governador, que terminou sendo Pablo Leitão. Mas vamos fazer uma análise mais aprofundada nesse processo. Eu nunca consegui entender, isso é entendo por vias tortas a política do “grupo do Aí”, que tinha como chefe dele o ex deputado Jeová. Ele foi meu professor (e bom professor) de Direito em Sousa, mas sempre teve uma característica: ele tinha mais uma postura de juiz do que de advogado. Suas opiniões eram como sentenças. Ele se convenceu e (acho) que convenceu seus seguidores que Chico Mendes era elegível, quando já haviam julgados semelhantes em todo país decidindo o contrário. Quando perdeu no primeiro julgamento decidiu que ganharia na apelação. Eis a semelhança com as eleições de 72, em que Bosco Barreto impugnou meu tio Gineto Pires. Quando aconteceu o que era de se esperar, empurrou Pablo Leitão para uma missão impossível, reverter uma campanha em uma quinzena. Pablo fez o que pode; deu um dinamismo para a campanha, extraordinária, fazendo grandes comícios e o corpo a corpo que não havia sido feito antes. E o pior não aconteceu.
Perdeu, como deveria perder, mas por uma margem de dois mil e tantos votos, não tendo sido a derrota humilhante de Vituriano para Carlos Antônio de 4.400 votos de diferença. Agora cabe a Corrinha ditar seu estilo de governar e que seja diferenciado em Cajazeiras. isso todos desejamos…
Na nossa capital, Cícero Lucena teve uma votação bastante expressiva, mas não logrou definir no primeiro turno, e vai disputar contra Marcelo Queiroga que vai ter que virar nesses 20 dias mais de 90.000 votos. Mas não deixa de ser notado que a direita aqui está viva. Campina Grande também vai para o segundo turno, mas a política campinense é coisa para especialistas e eu não me atrevo a dar qualquer palpite.
Como aperitivo, temos a excepcional carreira às avessas de Nilvan Ferreira, que de Candidato a governador, veio a ser candidato na capital e finalmente foi derrotado em Santa Rita.
Assim termino essas pequenas considerações.
Boa sorte para os eleitos.
Fico.
João Pessoa, 07 de outubro de 2024
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