Felipe Silva de Almeida, de 28 anos, era procurado após a Justiça expedir um mandado de prisão temporária contra ele na última segunda-feira (22)
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Segundo a advogada Priscila Benichio, uma das responsáveis pela defesa de Almeida, ele se entregou por volta das 19h20.
“Não conversamos ainda sobre as circunstâncias. Não tivemos nem tempo hábil para isso. Na primeira oportunidade, vocês vão conversar com ele para entender o inquérito. Em primeiro momento, ele só confessa que foi e disse estar arrependido”.
Mais detalhes foram solicitados à Polícia Civil e o texto será atualizado quando houver resposta.
“Que fique preso”
Algumas horas depois da prisão do principal suspeito pela morte de Aline Ribeiro Rosa, o secretário de Estado da Segurança Pública, Eugênio Ricas, compartilhou um vídeo comentando sobre a detenção de Felipe Silva de Almeida, se solidarizou com a família da vítima. Ele ainda espera que o executor fique preso e pague pelo crime.
Relembre o crime
O crime aconteceu no domingo (21), na calçada de uma mercearia do bairro Fátima, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, e foi registrado por uma câmera de segurança. As imagens mostram que a vítima sofreu diversos disparos à queima-roupa, contabilizando 27 perfurações pelo corpo.
No vídeo que flagrou o crime é possível ver uma reunião de pessoas em frente à mercearia, na calçada. O suspeito, de camisa azul clara, chega e conversa com a vítima. Em determinado momento, ele retira a arma da cintura e dispara várias vezes. Depois, ele foge de carro.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a vítima fez um acionamento pelo disque 190, alegando estar sofrendo ameaças do ex-companheiro. Quando as equipes chegaram ao local, em um intervalo de 10 minutos desde o chamado, encontraram Aline caída ao chão. Ela ainda estava com sinais de vida, mas durante o atendimento médico acabou não resistindo. Policiais puderam identificar o suspeito a partir de testemunhas.
As informações sobre Felipe e o veículo dele, um Chevrolet Astra, foram repassadas para o Cerco Inteligente, segundo a PM, mas nada foi localizado. Os militares foram, então, naquele dia, até o endereço do criminoso.
Ainda conforme o documento, ele não estava lá. Os policiais ligaram para o homem, através do celular da mãe dele, e o suspeito atendeu. Ele confessou a autoria do crime e disse que a intenção era matar Aline. O homem disse, ainda, que só iria se entregar a partir de terça-feira (23).
Relacionamento conturbado
De acordo com a apuração do repórter André Afonso, da TV Gazeta Norte, Aline conheceu o ex-marido há cerca de cinco anos. Eles tiveram dois filhos. Quem conhecia o casal disse que o relacionamento era conturbado e que o homem já tinha agredido e ameaçado a mulher várias vezes. Em outras ocasiões ela já tinha se separado do suspeito, mas acabou reatando por medo.
Aline tinha terminado o relacionamento há cerca de dois meses e estava decidida a não voltar. Testemunhas ainda revelaram que, em junho, o homem teria ido até a casa dos pais da mulher e atirado contra a residência. À época, ninguém ficou ferido. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência para pedir uma medida protetiva contra o ex-companheiro no dia 10 de junho, mas no dia 13, o Felipe pediu para que ela retirasse a medida e ela obedeceu.
Amigos de Aline contaram também para a reportagem da TV Gazeta que a vítima sofria violência no ambiente virtual. Felipe hackeava os perfis da ex-companheira e encaminhava mensagens para outros homens, tentando descobrir detalhes da vida íntima dela. Ele também chegou a mandar mensagens para conhecidos, se passando por ela, tentando causar má impressão.
Um dia antes do crime, Aline fez uma um perfil novo e alertou aos amigos e conhecidos das redes sociais para não acreditarem em mensagens que chegassem por outras contas.
Aline deixou três filhos, de 1, 4 e 15 anos, e foi enterrada no Cemitério Municipal do bairro Jardim Colina, na tarde de segunda-feira (22), sob escolta policial e o pedido de justiça dos familiares e amigos.
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