Vítima de explosão de carro em posto de combustível tem alta após um ano
O carro em que Paloma, a mãe dela e uma vizinha estavam pegou fogo em julho do ano passado, enquanto era abastecido em um posto de gasolina.
Nas câmeras de segurança, é possível ver que um líquido — provavelmente gasolina — escorre embaixo do carro segundos antes de o veículo ser engolido pelo fogo. (veja no vídeo acima)
Paloma era a motorista e a mãe dela estava no carona.
“Ela não conseguia tirar o cinto, aí eu tirei o cinto para ela, falei: ‘Corre!” e chutei ela com os meus pés. Puxei nossa vizinha, que estava atrás, e quando pulei o fogo, eu caí. Aí senti o fogo me puxando. Tudo isso em segundos”, relata.
Apesar de terem saído andando, as três mulheres tinham sofrido queimaduras muito graves.
Rita Cortez, a vizinha que estava no banco de trás, ficou um mês internada e morreu por conta dos ferimentos. Dona Maria de Lurdes, mãe de Paloma, teve cerca de 30% do corpo queimado. Ela ficou quatro meses internada.
Paloma sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus, nos braços, pernas, tronco e rosto. Em casos assim, quando a pele é muito danificada, o corpo perde a barreira que a protege contra bactérias.
Ela foi quatro vezes para a UTI, sendo que, em uma delas, permaneceu por mais de três meses. Fez, ao todo, 19 transfusões de sangue e 170 procedimentos com anestesia para tratar as áreas queimadas. Apesar da alta hospitalar, a recuperação ainda vai ser longa.
A liberação para Paloma ir para casa ocorreu na última sexta-feira (12), exatamente um ano após o acidente.
“É o dia mais feliz da minha vida”, disse ela.
Enquanto Paloma lutava pela vida, a rotina no posto de combustíveis não demorou a voltar ao normal. A explosão foi investigada pela Polícia do Rio Grande do Norte, mas o inquérito ainda não conseguiu definir o que teria provocado o acidente. O laudo foi inconclusivo.
Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte disse que, como “a perícia não apontou o real motivo da explosão, não houve indiciamento”. E o Ministério Público disse não há denúncia porque o inquérito policial ainda não terminou”. Ou seja, ninguém foi responsabilizado.
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