No caso deste quinta, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional interrompeu 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil, que afetou também estados do Sudeste. A interrupção ocorreu devido à abertura, às 8h31, da interligação Norte / Sudeste e as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas.
Relembre os casos de apagão que prejudicou estados ou o país inteiro:
A causa teria sido uma perturbação que gerou o desligamento de cerca de 18.000MW, majoritariamente localizados nas regiões Norte e Nordeste, correspondendo a 22,5% da carga total do SIN naquele momento.
Em outubro, outra ocorrência afetou os nove estados do Nordeste do país no final da noite do dia 25 e início da madrugada do dia 26.
Foram registrados problemas em uma linha de transmissão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Os sistemas de três usinas – Xingó, Paulo Afonso e Luiz Gonzaga – tiveram de ser desarmados.
Todos os estados do Nordeste enfrentaram um apagão parcial por aproximadamente 40 minutos na tarde do dia 10 de fevereiro. Segundo a Eletrobras, faltou energia por volta das 13h50 – horário local, uma hora a menos de Brasília por conta do horário de verão – e a situação foi normalizada por volta das 14h30.
A estatal informou que em nenhum estado o apagão foi de 100%. As causas do blecaute se deram pela interrupção de parte do fornecimento do Sudeste para o Nordeste. Apesar de ter sido relativamente curto, esse foi o terceiro apagão a atingir mais de um estado desde o final de 2009.
As cidades das regiões Centro-Oeste e Nordeste do país lideraram o número de apagões no ano de 2009 em função de ocorrências nas linhas de transmissão de energia elétrica, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Após uma falha em uma subestação da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), o apagão afetou 24 bairros de São Paulo no dia 4 de março. O blecaute causou o desligamento dos semáforos de várias avenidas importantes, como Paulista, Nove de Julho e Brasil. Faltou energia também na Vila Mariana e na região dos Jardins.
A falha de um funcionário durante a operação do sistema elétrico na subestação de Cachoeira Paulista (SP) provocou o apagão que atingiu os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e parte de Minas Gerais. O incidente aconteceu no dia 1º de janeiro e afetou mais de 3 milhões de pessoas.
A falha humana ocorreu justamente na tentativa de corrigir um defeito técnico no sistema de linhas de transmissão operado pela Eletrobras Furnas, que desligaram sem motivo aparente. Uma terceira linha já estava desligada, por conta da menor demanda no mês. Com apenas uma linha em funcionamento, o sistema entrou em colapso. Em abril, Furnas foi multada em R$ 4,1 milhões pela falha.
Nos últimos dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso, os brasileiros conviveram com o risco de um grande apagão. Por conta dos investimentos insuficientes feitos no setor energético nos anos anteriores, somados à falta de chuvas, o país entrou em uma crise energética em junho de 2001. Várias medidas foram tomadas para cortar 20% dos gastos com energia e foi criado o Ministério do Apagão para gerenciar a crise.
O racionamento “voluntário” de energia foi determinado: consumidores que atingissem as metas de economia seriam premiados, enquanto aqueles que não conseguissem reduzir seu consumo seriam punidos. Segundo o professor Tadeo, o objetivo era “dissuadir a população de usar energia, o que foi positivo no curto prazo”.
Alguns meses antes, em abril, ocorreu uma explosão na subestação da Eletrobras Furnas em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Na época foi divulgado que o disjuntor da linha de transmissão explodiu e o sistema de proteção foi acionado.
Já em janeiro de 2002, penúltimo mês do racionamento energético, um parafuso frouxo na linha de transmissão perto da hidrelétrica de Ilha Solteira (SP) provocou rompimento. Cerca de 76 milhões de pessoas ficaram às escuras em dez estados.