Uma fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendendo maior protagonismo econômico e político dos estados do Sul e do Sudeste em resposta aos do Norte e Nordeste causou polêmica no final de semana. As declarações dele sobre o Cossud (Consórcio Sul-Sudeste) ao jornal O Estado de S. Paulo foram classificadas como preconceituosas por alguns políticos.
O que Zema falou sobre o Nordeste?
Já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos.
Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam colocar um conselho federativo com um voto por estado. Nós falamos, não senhor. Nós queremos proporcional à população. Por que sete estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente.