Nas eleições municipais de 2024, a representatividade feminina nas prefeituras do Nordeste deu um passo importante. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 327 mulheres conseguiram se eleger prefeitas na região. Esse número representa um aumento de 8,29% em comparação com as eleições de 2020, quando 302 mulheres haviam sido eleitas.
Esse avanço reflete um esforço contínuo em ampliar a participação feminina nos cargos de poder. Contudo, ainda revela desafios, já que as mulheres representam apenas 20,05% do total dos políticos que obtiveram êxito nas eleições.
– Continua depois da publicidade –
Ao todo, 1.306 homens foram eleitos, o que corresponde a 79,95% das prefeituras ocupadas por lideranças masculinas no Nordeste. Embora o número de mulheres eleitas tenha crescido, a disparidade de gênero ainda é significativa. No entanto, a legislação atual que obriga a cota mínima de 30% de candidaturas femininas nos partidos políticos tem sido uma ferramenta fundamental para garantir maior diversidade de gênero nas eleições.
A legislação tem um papel essencial na criação de oportunidades para que mais mulheres entrem na disputa e possam ocupar cargos eletivos, contribuindo para uma política mais inclusiva.
Distribuição de prefeitos eleitos por gênero no Nordeste
Confira na tabela abaixo como se distribui o número de prefeitos e prefeitas eleitas por estado no Nordeste nas eleições de 2024:
Estado | Homens | Mulheres |
---|---|---|
Bahia | 355 | 59 |
Paraíba | 167 | 54 |
Maranhão | 173 | 42 |
Rio Grande do Norte | 122 | 42 |
Ceará | 144 | 38 |
Piauí | 195 | 29 |
Pernambuco | 151 | 28 |
Alagoas | 78 | 24 |
Sergipe | 61 | 11 |
Número de mulheres eleitas pode aumentar com o 2º turno
Por outro lado, o número de prefeitas eleitas pode aumentar ainda mais no segundo turno. Isto porque das nove cidades do Nordeste que disputarão o pleito, em quatro as mulheres concorrem. São elas: Mirella Almeida (PSD), em Olinda; Natália Bonavides (PT), em Natal; Mariana Carvalho (Republicanos), em Imperatriz; e Emília Corrêa (PL), em Aracaju.
Com o aumento de prefeitas eleitas, a tendência é que essa participação continue a crescer em pleitos futuros. A princípio, com a ampliação de políticas públicas voltadas para a inclusão de mulheres na política e a promoção da igualdade de gênero. Mesmo que a caminhada ainda seja longa, os avanços obtidos em 2024 demonstram que as mulheres estão cada vez mais presentes e atuantes nos espaços de poder, contribuindo para uma política mais diversificada e representativa no Nordeste.