O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta sexta-feira (26) após as queixas públicas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que teria acesso negado a carros e seguranças particulares – direito ao qual todos os ex-presidentes têm acesso.
A reclamação de Bolsonaro foi feita durante uma ato público realizado na quinta-feira (25), em Caxias do Sul. O ex-presidente se queixou da perda de carros blindados (que supostamente teria sido ordem da Presidência) e de que quatro seguranças foram supostamente retirados de sua equipe (por ordens judiciais por causa de investigações na Corte).
“Quando voltei para o Brasil, pela Presidência, tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou eles. Tenho direito a oito funcionários. Os quatro que trabalhavam na minha segurança, por medidas cautelares, me tiraram”, se queixou Bolsonaro.
Em nota, o Planalto negou que tenha vetado qualquer benefício ao ex-presidente.
“As regras para ex-presidentes são as previstas na Legislação (Lei nº. 7.474/1986) e são as mesmas para todos os ex-presidentes: nenhum deles têm veículo blindado à disposição. Os dois veículos previstos em lei foram disponibilizados e estão sendo utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro”, esclareceu.
Os quatro seguranças citados por Bolsonaro são: Sérgio Cordeiro, Max Guilherme, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti. O grupo, assim como Bolsonaro, é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre supostas fraudes em cartões de vacinação, tentativa de golpe de Estado e venda de joias dadas como presentes para a Presidência.
Segundo a Secretaria de Comunicação do Planalto, “o ex-presidente Jair Bolsonaro tem livre direito para apontar qualquer nome para sua segurança, conforme previsto na lei”.