A recém-nascida sequestrada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na noite dessa terça-feira (23), tinha apenas três horas de vida quando foi levada e nasceu com problemas cardíacos, conforme informação da família da vítima à Itatiaia.
Por volta de meia-noite, a menina foi levada da ala da maternidade por uma mulher — que usava jaleco e máscara de proteção — e se passou por médica. O circuito de câmeras de segurança flagrou o momento em que ela sai do hospital com a criança no colo e entra em um carro, que dava a cobertura ao crime.
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que administra a unidade de saúde, a falsa médica entrou no local com crachá institucional (veja nota abaixo).
As primeiras informações da Polícia Militar (PM) são de que ela chegou ao HC da Universidade Federal de Uberlândia questionando os funcionários sobre onde seria a ala da maternidade da pediatria, porque precisava avaliar uma criança. A mulher, então, foi conduzida ao local até chegar no quarto onde estava a família. A menina estava com os pais.
A sequestradora falou com a mãe que levaria a bebê para se alimentar, uma vez que, segunda a própria mãe, estavam tendo dificuldades na amamentação. Acreditando que a suspeita era realmente médica, a mãe e o pai permitiram que a bebê fosse levada.
Quando o pai suspeitou da demora, foi atrás da menina e descobriu que ela já não estava mais no hospital. O sequestro da bebê foi imediatamente informado à Polícia Militar, que atua para encontrar os criminosos e resgatar a criança.
Veja a nota da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que administra o Hospital de Clínicas:
“O HC-UFU informa que por volta da meia noite uma mulher trajada como profissional de saúde, portando crachá institucional, entrou na maternidade e evadiu com um bebê recém-nascido do sexo feminino.
Poucos instantes após o fato, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar de Uberlândia e cedeu as imagens das câmeras de segurança requisitadas pela corporação.
O HC já inicou apuração interna de todas as circunstâncias do caso e está colaborando com as investigações. A instituição está à inteira disposição das autoridades e da família para a breve solução do caso.”
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e aguarda posicionamento.